No primeiro capítulo do seu livro Decision Support Systems in the 21st Century, George Marakas é peremptório ao afirmar que o estudo dos Sistemas de Suporte à Decisão (DSS), é na realidade acerca das pessoas, da forma como as pessoas pensam, raciocinam e tomam decisões, o seu comportamento aquando da tomada de decisão, e o estudo da sua reacção face às decisões que tomaram.
Para este autor, os DSS foram concebidos, construídos e utilizados para assistirem na actividade de apoio ao processo de tomada de decisão. Alerta-nos para o facto de os DSS não terem sido desenvolvidos para tomarem decisões por eles próprios, embora existam modelos criados para essa função. O verdadeiro propósito dos DSS é providenciar o auxílio ao Gestor no decorrer do processo de decisão. Por conseguinte, quando se estuda os DSS, estamos a estudar pessoas, decisões e como essas decisões são tomadas.
Toda esta questão, lembra-nos os processos tecnológicos industriais do inicio dos anos 80, quando derivado da evolução nos sistemas autómatos e tecnológicos, algumas multinacionais apostaram em fábricas cujos processos de fabrico estavam completamente automatizados, em que a intervenção humana limitava-se a um painel de controlo. A aposta revelou-se um completo falhanço, de custos enormíssimos, e visto da perspectiva actual, tratou-se de uma aposta um pouco naive, pois os sistemas não são perfeitos, muito menos os sistemas industriais onde coabitam tecnologias cujas fontes de impulsão são distintas (sistemas pneumáticos, eléctricos, hidráulicos) e também porque face às exigências do mercado e optimização dos meios produtivos, existe necessidade de constantemente modificar o processo de fabrico de modo a produzir a mais variada gama de produtos. Como é evidente seria arriscar e pedir demais às máquinas, que todo este ajustamento fosse realizado, sem a intervenção humana.
Também os DSS são sistemas de produção, são geradores de conhecimento, no sentido de informação trabalhada, que auxiliam o Gestor a fazer a melhor opção em tempo útil. E não podem substituir as pessoas no processo de decisão porque não têm a capacidade dos humanos de serem criativos, imaginativos, ou intuitivos.
Características mais comuns dos DSS:
Para este autor, os DSS foram concebidos, construídos e utilizados para assistirem na actividade de apoio ao processo de tomada de decisão. Alerta-nos para o facto de os DSS não terem sido desenvolvidos para tomarem decisões por eles próprios, embora existam modelos criados para essa função. O verdadeiro propósito dos DSS é providenciar o auxílio ao Gestor no decorrer do processo de decisão. Por conseguinte, quando se estuda os DSS, estamos a estudar pessoas, decisões e como essas decisões são tomadas.
Toda esta questão, lembra-nos os processos tecnológicos industriais do inicio dos anos 80, quando derivado da evolução nos sistemas autómatos e tecnológicos, algumas multinacionais apostaram em fábricas cujos processos de fabrico estavam completamente automatizados, em que a intervenção humana limitava-se a um painel de controlo. A aposta revelou-se um completo falhanço, de custos enormíssimos, e visto da perspectiva actual, tratou-se de uma aposta um pouco naive, pois os sistemas não são perfeitos, muito menos os sistemas industriais onde coabitam tecnologias cujas fontes de impulsão são distintas (sistemas pneumáticos, eléctricos, hidráulicos) e também porque face às exigências do mercado e optimização dos meios produtivos, existe necessidade de constantemente modificar o processo de fabrico de modo a produzir a mais variada gama de produtos. Como é evidente seria arriscar e pedir demais às máquinas, que todo este ajustamento fosse realizado, sem a intervenção humana.
Também os DSS são sistemas de produção, são geradores de conhecimento, no sentido de informação trabalhada, que auxiliam o Gestor a fazer a melhor opção em tempo útil. E não podem substituir as pessoas no processo de decisão porque não têm a capacidade dos humanos de serem criativos, imaginativos, ou intuitivos.
Características mais comuns dos DSS:
· São aplicados em contextos de decisão semi-estruturados ou desestruturados
· Direccionados para apoiar os Gestores e não substitui-los
· Apoiam todas as fases do processo de decisão
· Estão focalizados para a eficácia da decisão e não para a eficiência
· Estão sob controlo dos utilizadores do DSS
· Têm subjacentes modelos e informação
· Facilitam a aprendizagem por parte dos decisores
· São interactivos e de fácil utilização
· Em regra são desenvolvidos através de um processo interactivo e com possibilidades de evolução
· Providenciam apoio a todos os níveis de gestão, desde gestores de topo a gestores operacionais
· Podem suportar a decisão múltipla independente ou interdependente
· Apoiam a decisão individual, de grupo, ou contextos de tomada de decisão em equipa.
Passemos à história dos DSS
Primeiro que tudo temos que referir que os DSS estão em constante evolução, pelo que é impossível alienar da história dos DSS os seus respectivos modelos e suportes tecnológicos, pois muitos deles ainda se encontram em utilização.
Os DSS nasceram há cerca de 40 anos, em meados dos anos 60 do século passado, quando os investigadores iniciaram experiências de utilização de modelos sistemáticos quantitativos computorizados, no apoio ao processo de decisão e planeamento.
O conceito em si de DSS foi criado por volta dos anos 70, e resultou na publicação de 2 artigos, o primeiro dos quais escrito por J. D. Little, intitulava-se Models and Managers: The Concept of a Decision Calculus, que introduzia o modelo assente num conjunto de procedimentos com respostas pré definidas que apoiavam o gestor na tomada de decisão.
O segundo artigo A Framework for Management Information Systems foi escrito por Gorry and Scott Morton, e foi neste artigo que pela primeira vez foi utilizado o termo de Decision Support System. Estes autores conceberam um modelo sustentado numa matriz dimensional, que apresentava em coluna as actividades de gestão e em linha os tipos de decisão.
Ainda nos anos 70, o investigador John Little, encontrava-se a estudar os DSS aplicados ao Marketing, quando criou o modelo de sistema de decisão de planeamento para os Media. Foi também este autor que identificou os critérios de desenho de modelos e sistemas de suporte à tomada de decisão na gestão. Os 4 critérios identificados incluíam: a robustez, facilidade de controlo, simplicidade e complexidade nos detalhes relevantes, sendo que todos esses 4 critérios ainda se aplicam nos modelos actuais de DSS. O DSS desenhado por Little, chamado de Brandaid, tinha como funções apoiar no processo de decisão quanto à promoção dos produtos, sua publicitação e estabelecimento de um preço de venda.
No início dos anos 80, deu-se a explosão em empresas e Universidades das actividades associadas á construção e estudo dos DSS. O resultado foi a proliferação do conceito e das aplicações associadas, que emergiram para além do domínio tradicional de aplicação, a gestão.
A partir dos anos 80 até à actualidade tem-se apostado essencialmente no desenvolvimento de aplicações de DSS, nomeadamente os Knowledge-driven DSS, DSS impulsionados pelo conhecimento decorrente da aplicação de sistemas de Inteligência Artificial, os Document-driven DSS, desenvolvidos tendo como base tecnologias de armazenamento e processamento de documentos para posterior recuperação ou análise. Por último, queremos referir os Model-driven DSS que têm como base de funcionamento aplicações suportadas por modelos de dados. Os DSS impulsionados por dados têm como característica, a utilização de um nº limitado de parâmetros e quantidade de informação, e estão direccionados para dar respostas em áreas como as finanças ou comercial.
O Universo dos DSS não se resume apenas a um sistema com características claramente identificáveis e um propósito comum e singular. A simples definição de um DSS obriga a um considerável número de factores, que incluem o seu propósito, o seu enquadramento contextual, e os objectivos a alcançar com a sua aplicação.
Deparamo-nos com vários métodos de classificação dos DSS no que respeita aos seus componentes, todavia vamos referir a classificação dos componentes do DSS em 5 partes apresentada por Marakas, designadamente:
The data management system
Sistema de Gestão de Dados
É nesta componente do DSS que as várias actividades ligadas à recuperação, armazenamento e organização dos dados relevantes para um contexto de decisão particular são geridos
The model management system
Sistema de Gestão do Modelo
Realiza as actividades de recuperação, armazenamento, organização ao nível dos modelos que suportam as capacidades analíticas do DSS. Entre estes componentes estão o modelo de base, o modelo base de gestão do sistema, e o modelo de repositório.
Sistema de Gestão de Dados
É nesta componente do DSS que as várias actividades ligadas à recuperação, armazenamento e organização dos dados relevantes para um contexto de decisão particular são geridos
The model management system
Sistema de Gestão do Modelo
Realiza as actividades de recuperação, armazenamento, organização ao nível dos modelos que suportam as capacidades analíticas do DSS. Entre estes componentes estão o modelo de base, o modelo base de gestão do sistema, e o modelo de repositório.
The knowledge engine
O motor de conhecimentos
Nesta componente são realizadas as actividades relacionadas com o reconhecimento do problema, e a geração de soluções interinas ou finais. O motor de conhecimento é o cérebro que reúne os modelos e os dados e devolve ao utilizador um cenário capaz de o auxiliar na tomada de decisão.
O motor de conhecimentos
Nesta componente são realizadas as actividades relacionadas com o reconhecimento do problema, e a geração de soluções interinas ou finais. O motor de conhecimento é o cérebro que reúne os modelos e os dados e devolve ao utilizador um cenário capaz de o auxiliar na tomada de decisão.
The user interface
O interface do Utilizador
É o veículo através do qual o utilizador tem acesso e poderá manipular todo o sistema.
The DSS user
O utilizador do DSS
Trata-se do elemento mais importante dos componentes de DSS, pois todo o sistema foi feito para estar sob controlo e utilização do utilizador.
As categorias e classes de DSS
O interface do Utilizador
É o veículo através do qual o utilizador tem acesso e poderá manipular todo o sistema.
The DSS user
O utilizador do DSS
Trata-se do elemento mais importante dos componentes de DSS, pois todo o sistema foi feito para estar sob controlo e utilização do utilizador.
As categorias e classes de DSS
Existe um variado conjunto de métodos de classificação e categorização dos DSS, métodos baseados no tipo de suporte do DSS; no grau de orientação ou de procedimentos conferidos ao utilizador; orientados para os dados, regras ou modelos; ou focados no individual versus multiplicidade de decisores. Assim sendo, podem-se enumerar as seguintes categorias e classes de DSS:
· Data-centric and Model-centric DSSs ( Alter)
Este modelo caracteriza-se por se apresentar em dois suportes, primeiro o data-centric, que se focaliza no suporte a actividades de recolha e análise de dados, e o model-centric que tem incluídas actividades de simulação, maximização e optimização de cenários, através das quais os outputs do DSS geram respostas ao utilizador.
· Formal and Ad Hoc Systems (Donovan and Madnick)
O método de classificação dos DSS destes autores baseou-se nos atributos do contexto de resolução de problemas. O DSS Formal focaliza-se no tipo de decisões que são periódicas ou recorrentes dentro da organização. Este tipo de contexto de problemas requer uma interacção regular com a aplicação, de modo a assegurar uma informação consistente. Exemplos de utilização deste tipo de aplicações encontram-se na indústria petrolífera, ou em mercados sazonais.
Os DSS ad-hoc são desenhados para responder a contextos de problemas muito restritos, a conjuntos de decisões não recorrentes ou de fácil antecipação. Um cenário típico de utilização deste tipo de DSS seria uma fusão hostil entre empresas. Segundo os autores, torna-se bastante dispendioso a aplicação de um DSS ad-hoc, porém com o desenvolvimento das novas tecnologias, estes sistemas estão a tornar-se menos dispendiosos, com a vantagem de serem bastante eficazes.
Os DSS ad-hoc são desenhados para responder a contextos de problemas muito restritos, a conjuntos de decisões não recorrentes ou de fácil antecipação. Um cenário típico de utilização deste tipo de DSS seria uma fusão hostil entre empresas. Segundo os autores, torna-se bastante dispendioso a aplicação de um DSS ad-hoc, porém com o desenvolvimento das novas tecnologias, estes sistemas estão a tornar-se menos dispendiosos, com a vantagem de serem bastante eficazes.
· Direct versus Nondirect DSS ( Silver)
O método de classificação dos DSS proposto por este autor baseia-se no grau de orientação que o sistema disponibiliza ao utilizador na construção e execução de processos de decisão. O tipo de orientação pode estar ao nível mecânico (mechanical), quando a ajuda aos utilizadores depende de menus, botões ou comandos. Ou então decisional, quando o sistema auxilia o utilizador através de sugestões, ou informação adicional.
· Procedural and Nonprocedural systems
Neste método de classificação dos DSS (similar ao de Silver), os mesmos são posicionados em termos de grau de utilização do elemento de procedimento (especificação de orientações) no DSS. Exemplos de DSS’s com um baixo grau de procedimentos, serão sistemas que utilizam a linguagem SQL. As estruturas de comando nonprocedural, são mais de mais fácil compreensão e utilização, todavia esses sistemas ainda necessitam de um conjunto de regras e sintaxes para a sua utilização.
· Hypertext Systems
A classificação utilizada neste método assenta nas técnicas que os DSS dispõem para providenciar a administração do conhecimento necessário para a contextualização do problema. Nestes sistemas o apoio à tomada de decisão estabelece-se através de uma monitorização de uma díspar e enorme base de conhecimento proveniente de documentos de base textual. Um exemplo de utilização destes sistemas pode ser encontrado na Web, aquando de uma pesquisa, onde o utilizador vai passando por hiperligações de hiper-texto.
· Spreedsheet Systems
Uma outra técnica que os DSS utilizam para disseminar informação é recorrendo a folhas de cálculo, puras ferramentas de BI, simples mas poderosas, o método de representação relacional através da utilização da matriz de colunas e linhas.
· Individual and Group DSS
Segundo Marakas, este é o método mais abrangente de classificar os DSS, focalizando-se na capacidade em providenciar o apoio a um utilizador individual, ou a um grupo de utilizadores.
Fontes:
· Power, D.J. A Brief History of Decision Support Systems. DSSResources.COM, World Wide Web, http://DSSResources.COM/history/dsshistory.html, version 4.0, March 10, 2007.
· Marakas, George M., Decision Support Systems in the 21st Century
Fernanda Romão, João Guerreiro, Paulo Batista
Fontes:
· Power, D.J. A Brief History of Decision Support Systems. DSSResources.COM, World Wide Web, http://DSSResources.COM/history/dsshistory.html, version 4.0, March 10, 2007.
· Marakas, George M., Decision Support Systems in the 21st Century
Fernanda Romão, João Guerreiro, Paulo Batista
1 comentário:
Perdoem-me este comentário, mas se nao estivesse a ler o livro de marakas e o do Samuel Bodily, até poderia achar interessante este post... e imagino que vos deve ter dado mt trabalho, mas é importante escrever algo que cative as pessoas tanto a ler como a voltar aqui. :-( desculpem-me mas é uma critica construtiva, porque vcs têm muito potencial, caso contrario nao escrevia aqui nada!!
Obrigados!!!
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